segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

12º dia - 02/01/09 - Diário do Piloto = Novamente o Vento, um adversário terrível.

Acordamos, fizemos o desayuno (também no Chile muito ruim) e abatecemos na única bomba de gasolina de Cerro Sombrero, que como já falei, cerra suas portas as 20:00 hs. Diferente da travessia a dois dias atrás, esta foi rápida e tranquila. Aqui o vento começa a soprar forte a medida que o dia avança. Pela manha é relativamente fraco (relativamente para os padroes patagonicos. Para nós este fraco é muito forte). Terminada a travessia rumamos para Puerto Natales. No Caminho uma indústria de lá abandonada. Uma pequena cidade as margens da ruta 09 abandonada (Estancia San Gregório), com dois návios encalhados. Nao pude deixar de parar e fotografar. Muitíssimo interessante. Seguindo viagem o vento se encarregou de dizer que o dia realmente nao seria fácil. Começou a soprar com muita intensidade. Na altura do cruzamento que indicava para direita puerto Natales e para esquerda, a 50 km Punta Arenas, resolvemos conhecer esta cidade chilena, consideráda a mais austral, possível de ser alcançada com um veículo. Valeu a pena. Lá almoçamos dois hambúrgues deliciosos na praça central (Cumpre aqui esclarecer que adotamos a máxima do Chardo, motociclista experiente que já fez diversas viagens por este continente. Ele diz o seguinte: "Quem gasta muito, viaja pouco". Por isto controlamos muito nossos gastos pesquisando locais para dormir e optando por alimentaçao mais em conta. No Chile os preços, diferente da Argentina estao dentro e padroes razoáveis. Na Argentina, tudo é um roubo). Almoçados, em um local agradabillíssimo, com um solzinho acolhedor. Deu vontade de ficar por lá, fotografamos, conversamos com moradores locais, que vieram puxar conversa. Diga-se e passagem que por onde passamos chamamos a atençao. Cabe aqui mais uma observaçao: Eta povo simpático este chileno, aliás gostam muito de Brasileiros. Em Punta Arenas visitamos o cemitério local, que é ornamentado com ciprestes cuidadosamente aparados, formando esculturas, que parecem dedos saindo do chao. Valeu a parada em Punta Arenas. Desta cidade saem excursoes para os fiordes chilenos e também para Puerto Willians (esta sim a cidade do fim do mundo). Seguimos viagem com o vento nos castigando terrívelmente. Quase conseguiu nos tirar da estrada, com uma de suas chicotadas, e por pouco nao ocorre um grave acidente. É realmente muito forte. Eu evidentemente nao deixei de exclamar diversos improprérios impublicáveis a este terrível adversário. Somente passando o que passamos para que voces saibam do que estou falando (os motociclistas que já andaram por estas bandam sabem). Para terem idéia do quanto o vento é presente nesta regiao, nas margens da Ruta 09, no caminho a Puerto Natales, o governo chileno construi um belíssimo monumento ao vento. Com muita dificuldade paramos e fotografamos. Eu, nestas situaçoes nao posso nem pensar em sair da moto. A Adelaide se encarrega das fotografias. Ela mesmo tem dificuldade de firmar a mao para fotografar, tal a força do vento. Paramos em cerro chico, para tomarmos um chocolate quente e nos aquecrmos. Local interessante este paradouro. O nome é derivado do fato de lá haver um cerro no meio da planice, hoje tombado pelo governo chileno (considerado patrimonio nacional), por ser sítio arqueológico dos indígenas tehuelches, que lá viviam. Chegamos finalmente em Puerto Natales e logo percebemos o quanto esta cidade é interessante. Nos instalamos e saímos para passear na cidade, pois o sol estava ainda alto (lembrem que aqui o dia é muito mais longo). Jantamos um pizza e no dia seguinte exploraríamos o Parque Nacional Torres del Paine.

Um comentário:

  1. Crédu!!! Note fala pra Adelaide quando tiver muito vento pra por uns rípios nos bolsos...
    Nós ficamos preocupados com tanto vento...
    Mas vocês tão se saindo melhor que a encomenda...
    Continuem assim...
    bjus.
    Pai e Cia.

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