sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

23° Dia - 13/01/09 - Diário do Piloto = 902 km de G.Roca a pequena cidade de Alberti

Acordamos cedo, pois a diéia era tocar o máximo possível neste dia. Será que atravessaria a barreira dos 1.000 km? O roteiro original, construido pela navegadora Adelaide determinava que seguíssimos pela Ruta 22 até Colorado e de lá pegaríamos a ruta 154 e após 35 até General Acha e então a ruta 5 até antes de Buenos Aires, para contorná-la e chegar a Província de Entre Rios, que no dia seguinte nos levaria a fronteira com o Uruguai. Em Entre Rios encontraríamos o mesmo roteiro do começo da viagem. Porém visualizando o mapa vimos uma alternativa que pelos cálculos nos economizaria 100 km de estrada, porém não considerada no projeto da Adelaide pela falta de postos de combustíveis no caminho (ao menos era a informação do mapa), sendo que 400 km sem a perspectiva de posto de combustível. No dia anterior havíamos nos informado com a recepcionista do hotel e este nos garantiu que na localidade de Casa de Piedra, ao lado da barragem do Rio Colorado, a pouco tempo abriu uma estação de serviço (posto de combustível). Decisão tomada, iríamos por esta Ruta. Antes de sair abastecemos a moto e perguntamos ao frentista, para termos mais segurança e este afirmou com toda a convicção, que não havía até General Acha postos de combustíveis. E agora? Saímos do posto onde o placa estava 1 x 1 (1 para informação que sim havia e 1 para informação que não, não havía). Perguntamos para um taxista, que não sabia mais consultou sua central. Sim havia (2x1). Ainda não satisfeitos e já decididos a abastecer a bombona reserva, perguntamos ao frentista de outro posto. Este já deu outra informação. Em Casa de Piedra não têm, mas em Puelches tem. Naquela altura do campeonato já havia me arrependido de efetuar tantas enquetes que só nos atrapalharam. Abastecemos por via das dúvidas a bombona com 5 litros de gasolina e finalmente partimos. Me aborrece muito estes atrasos. Esta brincadeira inicial nos atrasou no mínimo 45 minutos, ou 1 hora. Seguimos viagem até, após 113 km, encontramos a grande barragem do Rio Colorado, cuja ruta passa justamente por cima da barragem (11 km de barragem). Ao lado a nova cidade com casas novas e padronizadas de Casa de Piedra e um belíssimo e novo posto de combustível (venceu o recepcionista do hotel e os mal informados frentistas precisam buscar maiores informções, pois estão muito desatualizados, puderá o posto foi somente inaugurado a recém 2 meses). Abastecidos, nós e a Catarina, pois o desayuno do hotel foi uma vergonha = Pão torrado e croissant velhos, horrível (terminando a viagem e eu ainda não me conformando com este fraco café dos hotéis, porém este superou até agora a todos os demais, vamos combinar). Seguimos e em Puelches mais um posto de combustível, com a gasolina cara, mas havía posto, isto é o que importava. Portanto, não precisávamos ter abastecido a bombona reserva e tampouco nos atrasado com o pedido de mais informações (mas faz parte, agora é fácil falar). A viagem seguiu com paradas a cada 100, 130 km, sempre para nos esticarmos e comermos um lanchinho. A intenção era chegar a Lujan. Na altura da cidade de 9 de Julio, logo após o abastecimento, o temporal que se avizinhava, logo a nossa frente é alcançado. Fiquei muito brabo, pois já terminando a viajem estávamos molhando toda a roupa, com a chuva forte, ruim para a logísitca, pois teríamos que acionar a operação varal. Atravessamos a chuva e acelerei, por dois motivos, já estava escurecendo e queria chegar em alguma cidade com luz do sol ainda e para secarmos a roupa com o vento. Deu certo, porém não alcaçamos Lujan, que estava ainda a uns 120 km de Alberti, interessante cidade, que não chama a atenção de ninguêm, de 11.000 habitantes, simpática e agradável, sem nenhum prédio de dois pisos e muito arborizada. Lá fomos guiados pelo delegado, que encontrei na sinaleira de acesso a cidade pedi informação. Se propôs a guiar-nos até o hotel. Ainda bem, pois teríamos dificuldade em função da característica da cidade (plana e arborizada, fazendo com que nos sentíssimos em um labirinto, pois tudo era igual), sem contar que estava escurecendo muito rápido. O primeiro hotel fechado, pois os donos estavam em férias e o segundo, "la petit", aberto. Lá fomos recebidos pela simpática propritária. Quarto bom, banho quente e preço justo. Era tudo que queríamos. De qualquer forma, não havia outra opção, pois era o único da cidade. A noite procuramos um restaurante e comemos uma pizza, atendidos por uma garçonete, que só sabia falar que não entendia nada do que falávamos. Deixei para a Adelaide a comunicação, pois eu já estava querendo agir da mesma forma " - Eu também não entendo nada do que tu fala". Com certeza má vontade dos habitantes próximos a Buenos Aires (em todo o restante da Argentina não tivemos este problema), ou, a mulher era mesmo ignorante, ou na pior das hipóteses, tinha problemas mentais (acho que esta última alternativa é a mais plausível). O importante que a pizza estava ótima. Amanhã a intenção é alcançar o Brasil, Santana do Livramento. Iniciaríamos o penúltimo dia da viagem.
P.S: Neste dia rodamos 902 km, portanto, ainda não havia sido neste dia que superaríamos a casa dos 1.000 km de pilotagem inipterruptas.

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